Claude Henri de Rouvroy , Conde
de Saint Simon, (Paris , 17 de outubro de 1760 – Paris, 19 de maio de 1825),
foi um filósofo e economista francês, um dos fundadores do socialismo moderno e
teórico do socialismo utópico.
Propôs a criação de um novo
regime político econômico pautado no progresso cientifico e industrial, em que
todos os homens dividissem os mesmos interesses e recebessem adequadamente pelo
seu trabalho.
Saint Simon é considerado um dos
fundadores da sociologia, que estaria sendo sustentada por duas forças opostas:
“orgânicas” (estáveis) e “críticos”mudam a história .Só a sociedade industrial
poderia acabar com a crise que a França passava. Este autor marca a
ruptura com o antigo regime para Simon a
política era agora a ciência da
produção porém a política vê seu
fim com a justiça
social.
Após a morte de Saint Simon,
formou um grupo fervoroso denominado Saint Simonista, do qual muitas pessoas
influentes como Auguste Comte , Barthélemy Prosper Enfantim e Saint Amand
Bazard participaram das condições de trabalho, que se responsabilizariam eles
próprios, pela fiscalização da destinação desses recursos.
Idéias
Para este autor, Saint Simon, o avanço da ciência determinava a mudança
político-social, além da moral e da religião. É considerado o precursor do Socialismo, pois, no futuro, a sociedade
seria basicamente formada por cientistas e industriais. O pensamento Saint simoniano
pode ser visto nas obras de 1807
a 1821, com o lema: "a
cada um segundo sua capacidade, a cada capacidade segundo seu trabalho".
Quando Saint Simon falou sobre a nova sociedade, imaginou uma imensa
fábrica, na qual substituiria a exploração do homem pelo homem para uma
administração coletiva. Assim, a propriedade privada não caberia mais nesse
novo sistema industrial. Vale notar que existiria uma pequena desigualdade e a
sociedade seria perfeita depois de reformar o Cristianismo. Ainda disse que o
homem não é apenas algo passivo na História, pois sempre procura alterar o meio
social no qual esta inserido.
A
regra deve combinar com a estrutura para que a sociedade industrial se
desenvolva. Saint-Simon ainda mantém a ideia de uma sociedade hierarquizada,
por isso a desigualdade, pois no topo estariam os diretores da indústria e de
produção, engenheiros, artistas e os cientistas; na parte de baixo estariam os
trabalhadores responsáveis pela execução dos projetos feito pelos inventores e
diretores. Com isso, acaba prevendo o grau máximo da capacidade de produção.
Este foi o primeiro a perceber que o conflito de classes estava relacionado com
a economia e que seria nas mãos dos trabalhadores que o futuro seria construído,
mas guiados por alguém.
Para Saint Simon, o
vínculo da sociedade deveria repousar sobre os ideais industriais, ou seja,
sobre a organização mais favorável a
indústria. Nas colônias emancipadas (se refere à América) a classe
industrial cresceu e adquiriu poder político – poder que usa para não aceitar
mais um governo que atue fora dos limites impostos por ela. Saint-Simon
acredita que a humanidade caminha em direção ao progresso, desde a emancipação
das colônias, passando pela Reforma Protestante na Inglaterra, até as
Revoluções Americana e Francesa. Ocorre, portanto, uma revolução geral, de
todos os seres humanos, nações e sociedade, em direção à sua melhora. Nessa
sociedade evoluída, o governo não “governaria” os homens, mas apenas garantiria
as condições para o exercício dos trabalhos; não disporia de muitos recursos,
pois recursos escassos são suficientes para sua empresa; não recolheria
impostos, pois seus fundos seriam providos por doações voluntárias daqueles que
se interessam pela manutenção das condições de trabalho (todos os
trabalhadores, a sociedade em geral), que se responsabilizariam, eles próprios,
pela fiscalização da destinação desses recursos.
Saint Simon considera que os homens que se sustentam por meio da indústria
tem uma necessidade básica: a liberdade. Por essa liberdade, Saint-Simon
designa o desejo desses homens de não trabalharem, e de não serem atrapalhados
quando desfrutarem do que tenham produzido. Os homens somente são capazes de
vencer essa “preguiça” para satisfazem a seus desejos e prazeres, e por esse
motivo são impelidos a trabalhar. Há, porém, uma classe de homens que, embora
não tenham vencido a preguiça e não trabalhem como os outros, desfrutam dos
produtos e prazeres como se o tivessem feito. Há, porém, uma classe de homens
que, embora não tenham vencido a preguiça e não trabalhem como os outros,
desfrutam dos produtos e prazeres como se o tivessem feito. Saint-Simon chama a
esses homens “ladrões”, sejam porque recebem ou porque tomam o que não lhes
pertence.
Os trabalhadores precisam de uma estrutura que os livre dos riscos de não
poderem desfrutar dos produtos pelos quais trabalharam, a estrutura responsável
por realizar tal função é o governo. No entanto, quando o governo atua fora de
sua função, torna-se autoritário e tirânico e, conseqüentemente, sua ação
torna-se mais nociva à indústria do que sua omissão. O objetivo da empresa, do
governo ideal, de toda a sociedade, é constituir e manter uma situação de
segurança da forma mais barata possível. Simon afirma que é chegado o tempo, em
que voltaram a ser discutidos os interesses
gerais da sociedade.
Trata-se do objeto de estudo dos escritores políticos; dos desejos últimos
da sociedade dos trabalhadores; e da matéria a ser administrada pelo governo.
Essa relação seria simples, se os governantes se propusessem a ouvir e colocar
em prática o que afirmam os escritores políticos e os industriais. Há, porém,
uma contradição: o governante nem sempre tem interesse em administrar
adequadamente os interesses gerais. Isto é, ao passo que os industriais desejam
ser governados o menos possível (dentro dos limites de atuação do governo), os
governantes desejam estender ao máximo seu poder. Como Saint Simon afirma,
“assim os vemos ocuparem-se e empregarem toda sua influência não para descobrir
a opinião, mas para formá-la; não para buscar pessoas que discutam, mas pessoas
que aprovem e demonstrem; em uma palavra, não conselheiros, sim advogados”.
Dessa forma, Saint Simon conclui que é preciso anular esse mediador inútil e
potencialmente perigoso (governo), para estabelecer relações diretas entre
industriais e escritores políticos, de forma a realizar o objetivo primordial
da empresa governamental: o bem comum.
Em “Carta Oitava”, o pensador francês pergunta-se sobre a existência de um
princípio geral da política. Faz sete afirmações que considera serem as mais
gerais e comprovadas asserções da ciência política, a saber: a produção de
coisas úteis é o único objetivo razoável a que sociedades políticas podem se
propor:
1° o governo sempre prejudica a indústria quando atua fora de seus limites;
2°os produtores, por serem os únicos que pagam impostos, são os únicos
homens úteis a sociedade e que, portanto, podem votar;
3° os homens nunca podem lutar entre si sem prejudicar a produção;
4° o desejo de subjugar outros povos é nocivo, pois diminui a produção;
5° a moral se aperfeiçoa de forma diretamente relacionada à melhora da
indústria;
6° os homens devem se considerar uma sociedade de trabalhadores;
7° a partir de tais considerações, Simon conclui que a ciência política
pode ser unicamente compreendida e sintetizada como a “ciência da produção”.
Simon estava adquirindo uma concepção anti-igualitária e antidemocrática,
em se tratando do seu aspecto religioso, pois falava que todos os homens
deveriam ter os mesmos princípios. Por isso, o "novo Cristianismo"
substituiria o "Cristianismo degenerado", e teria como imperativo a justiça
social, pois o núcleo deveria se consolidar no que seria a fraternidade do
homem, resultando num mundo de homens livres.
Obras
No livro Cartas um habitante de Genebra aos seus contemporâneos (1802) A
tese principal do seu livro gira em
torno da suposição de serem a ciência e a industria dois pilares que
sustentam o progresso da humalidade.
Ele propõe que os cientistas tomem o lugar dos padres para conduzir a era
moderna, a violencia da guerra napoleônica
leva a se abrigar no cristianismo e de uma base cristã constrir as bases
para uma sociedade socialista. Previu a industrialização da Europa e sugere uma
união para acabar com as guerras.
A principal obra de Simon e o novo cristialismo(1825). Nele declara que a
religião tendia a melhorar a condição de vida dos mais necessitados.
Outras obras
Cartas de um habitante de Genebra aos seus contemporâneos (1802)
Um sonho (1803)
Introdução aos trabalhos cientificos do século XIX (1807)
Esboço de uma enciclopédia (1810)
Trabalho sobre a gravitação universal (1817)
Fisiologia social – memórias europeia (1817)
A industria ou discussões politicas, moraise filosoficas no interesse de
todos os homens entregues aos industrial (1821)
O catecismo dos industriais (1823)
O novo cristianismo (1825)
Opiniões literarios, filosoficas e industriais (1825)
Não ajudou em nada está tudo misturado
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